A projeção
astral (ou viagem astral) é um termo usado no esoterismo para descrever uma
experiência voluntária fora do corpo, uma suposta forma de telepatia que assume
a existência de uma alma ou conscientemente chamada de “corpo astral” que é
separado do corpo físico e capaz de viajar para fora dele ao longo do universo.
A idéia de
viagem astral está enraizada e foi promovida por teosóficos do século 19,
filósofos que exploraram as origens místicas e pré – naturais do mundo natural.
Às vezes é relatado em associações com sonhos e formas de meditação. Alguns
indivíduos relataram percepções semelhantes às descrições de projeção astral
que foram induzidas através de vários meios alucinógenos e hipnóticos
(incluindo auto - hipnose). Não existe evidência científica de que haja
consciência ou alma separada da atividade neural normal ou que se possa deixar
o corpo de forma conscientemente. As reivindicações de evidências científicas
de projeção astral são pseudocientíficos.
De acordo
com o hermetismo clássico, medieval, renascentista e o neoplatonismo e
posteriormente, o pensador teosofista e rosacruz, o corpo astral é um corpo
intermediário de luz que liga a alma racional ao corpo físico enquanto o plano
astral é um mundo intermédio de luz entre o Céu e a Terra, composto das esferas
dos planetas e das estrelas. Essas esferas astrais foram realizadas para serem
povoadas por anjos, demônios e espíritos. Os corpos subtis e seus planos
associados formam parte essencial dos sistemas esotéricos que lidam com
fenômenos astrais.
Muitas
vezes, esses corpos e seus planos de existência são retratados como uma série
de círculos concêntricos ou esferas aninhadas, com um corpo separado
atravessando cada reino. A idéia do astral figurava de forma proeminente no
trabalho do ocultista francês de século XlX Eliphas Levi, de onde foi adotado e
desenvolvido ainda mais pela Teosofia e usado posteriormente por outros
movimentos esotéricos. A expressão “projeção astral” veia a ser usada de duas
maneiras diferentes. Para o Golden Dawn e alguns teosofistas, manteve o
significado dos filósofos clássicos e medievais de caminhar para outros mundos,
céus, infernos, as esferas astrológicas e outras paisagens, mas fora desses
círculos o termo era cada vez mais aplicado a viagens não – físicas ao redor do
mundo físico.
Embora este uso continue a ser generalizado, o termo “viagem
etérea”, usado por alguns teosofistas posteriores, oferece uma distinção útil.
Alguns experientes dizem que visitam diferentes tempos e/ou lugares “éterico”,
então, é usado para representar o senso de estar ‘’fora do corpo’’o mundo físico, enquanto que astral
pode conter alguma alternativa no tempo – percepção.
Robert Monroe descreve o antigo tipo de projeção como ‘’
Locale I’’ ou ‘’ Here – Now’’, envolvendo pessoas e lugares que realmente
existem. Robert Bruce o chama de ‘’ Real Time Zone’’ (RTZ) e descreve – o como
a dimensão não físico. Este corpo etério geralmente é, embora não sempre,
invisível, mas é freqüentemente percebido pelo experiente como conectado ao
corpo físico durante a separação por um ‘’cordão de prata’’. Alguns relacionam
os sonhos ‘’caindo’’ com a projeção. Segundo Max Heindel, o ‘’duplo’’ etério
serve como um meio entre os reinos físicos e astrais. Em seu sistema, o éter,
também chamado de prana, é a ‘’força vital’’ que habilita as formas físicas a
mudar. De suas descrições, pode – se inferir que, para ele, quando se vê o
físico durante uma experiência fora do corpo, não se tecnicamente o reino
astral.
Outros experientes podem descrever um domínio que não tem
paralelo com nenhuma configuração física conhecida. Os ambientes podem ser
preenchidos ou despovoados, artificiais, naturais ou abstratos, e a experiência
pode ser beatífica, horrível ou neutra. Uma crença teosófica comum é que alguém
pode acessar um compêndio de conhecimento místico chamado Akashic. Em muitas
contas, o experimentador dos planos astrais relaciona o mundo astral com o
mundo dos sonhos. Alguns até relataram ver outros sonhadores que impõem
cenários de sonhos que são diferentes de seu ambiente.
Ao ambientes astrais também pode ser dividido em níveis ou
sub – planos por teóricos, mas existem muitas visões diferentes em várias
tradições relativas à estrutura geral dos planos astrais que podem incluir céus
e infernos e outras esferas pós – morte, ambientes transcendentes, ou outros
estados menos facilmente caracterizados.
Emanuel Swedenborg foi um dos primeiros praticantes a
escrever extensivamente sobre a experiência fora do corpo em seu Diário
Espiritual (1747 – 65). O trabalho de ficção ‘’Louis Lambert’’ do filósofo e
romancista francês Honoré de Balzac sugere que ele tenha tido alguma experiência
astral. Existem muitas publicações do século XX sobre a projeção astral, embora
alguns autores permaneçam amplamente citados. Estes incluem Robert Monroe,
Oliver Fox, Sylvan Muldoon e Hereward Carrington e Yram. Os relatos de Robert
Monroe sobre viagens a outros reinos (1971 – 1994) popularizaram o termo ‘’OBE’’
e foram traduzidos para um grande número de idiomas.
Embora seus próprios livros tenham apenas uma importância
secundária nas descrições do método, Monroe também fundou um instituto dedicado
à pesquisa, exploração e divulgação sem fins lucrativos de tecnologia auditiva
para auxiliar os outros na realização de projeção e estados alterados da
consciência. Robert Bruce, William Buhlman e Albert Taylor discutiram suas
teorias e descobertas no sindicado Coast to Coast AM várias vezes. Michael
Crichton dá longas e detalhadas explicações e experiências de projeção
astral em seu livro.
A capacidade da alma de deixar o corpo à vontade ou ao
dormir e visitar os vários planos do céu também é conhecida como ‘’viagem da alma’’.
A prática é ensinada em Surat Shabd Yoga, onde a experiência é alcançada
principalmente por técnicas de meditação e repetição de mantra. Nas tradições
ocultistas, as práticas variam desde a indução de estado de trance até a
construção mental de um segundo corpo, denominado Corpo de Luz nos escritos de
Aleister Crowley, através da visualização e da respiração controlada, seguido
da transferência de consciência para o corpo secundário por um ato mental.
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