11 de dez. de 2017

Quem foi Pandora?



Pandora foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto (artista celestial, Deus do Fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena  (Deusa da estratégia em guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) auxiliados por todos os Deuses e sob ordens de Zeus. Cada um lhe deu uma qualidade. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais.

Feita à semelhança das Deusas imortais. Foi enviada ao titã Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo - lhe a radiante beleza de Pandora, Epimeteu esqueceu quando lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.

Epimeteu tinha em sua posse uma caixa. A Caixa de Pandora que outrora lhe haviam dado os Deuses como presente de casamento, que continha todos os males. E Pandora acabou abrindo a caixa, inadvertidamente, e todos os males escaparam, exceto a esperança. Com estes bens, foi dado inicio aos tempos de inocência e ventura, conhecido como Idade de Ouro.


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Hesíodo conta duas vezes o mito de Pandora, na Teogonia não lhe dá nome, mas diz.

Dela vem a raça das mulheres e do gênero feminino
dela vem a corrida mortal das mulheres
que trazem problemas aos homens mortais entre os quais vivem,
nunca companheiras na pobreza odiosa, mas apenas na riqueza.

Hesíodo segue lamentando que aqueles que tentam evitar o mal das mulheres evitando casamento não se sairão melhor.

Ele chega à velhice mortal sem ninguém para cuidar de seus anos,
e, embora, pelo menos, não sinta falta de meios de subsistência enquanto ele vive,
ainda, quando ele está morto, seus parentes dividem suas posses entre eles.

Obra Works and Days

A versão mais famosa do mito Pandora vem de outros poemas de Hesíodo, Works and Days. Nesta versão do mito, Hesíodo expande sua origem e, além disso, amplia o alcance da miséria que inflige à humanidade. Como antes, ela é criada por Hephaestus, mas agora mais Deuses contribuem para a sua conclusão: Atenas ensinou seu bordado e tecelagem, Afrodite derramou graça sobre a cabeça cruel de Afrodite para que ela se importe com as pessoas, Hermes deu a ela uma mente vergonhosa e uma natureza enganosa. Hermes também lhe deu o poder do discurso, colocando suas ''mentiras e palavras astutas'' Atena então a vestiu. A próxima Persuasão e os Charites adornaram -na com coroa de guirlanda.

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Finalmente, Hermes dá a essa mulher um nome ''Pandora  -  Todo - Dotado'', porque todos os olímpicos lhe deram um presente. (Em grego, Pandora tem um significado ativo e não passivo, portanto, Pandora significa corretamente ''Tudo Dado''. As implicações dessa tradução errada são explorada em ''All-Giving Pandora: inversão mítica?''.) Neste recontar de sua história, a natureza feminina enganosa de Pandora se torna a menor das preocupações da humanidade. Pois ela traz consigo um jarro (que, devido à corrupção textual no século XVI, passou a ser chamado de caixa) contendo ''trabalho pesado e doença que traz a morte para os homens.

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O relacionamento de Pandora com Eva

Eva no livro de Gênesis e Pandora na Obra Works and Days tem algumas semelhanças impressionantes. Cada uma é a primeira mulher do mundo, e cada uma é um personagem principal em um história de transição de um estado original de abundância e facilidade para o sofrimento e a morte, uma transição que é trazida em vingança por uma transgressão de uma lei divina. Tanto Eva quanto Pandora receberam apenas uma ''proibição divina'' em suas vidas, de outra forma idílicas, e ambas se viram irresistivelmente atraídas para ''violar'' sua única proibição, arriscando profundas consequências para todos.

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Existem também grandes diferenças. Eva foi criada para ajudar Adão, Pandora a punir os homens que se beneficiam do crime (Prometheus foi punido separadamente).

Alguns acreditam que nos séculos a conquista da Ásia ocidental por Alexandre o Grande, cada história foi recontada para se assemelhar mais à outra.

A Inversão do Mito

Jane Ellen Harrison, que estudou a cerâmica grega sugere que houve antes de Hesíodo outra versão do mito de Pandora.

Uma ânfora do século V a.C., mostra pandora subindo um morro na presença de Hefesto, Hermes e Zeus. Essa representação era comum para a Deusa da terra.

''Pandora é, no ritual e na mitologia matriarcal, a terra como Kore, mas na mitologia patriarcal de Hesíodo sua grande figura é estranhamente transformada e diminuída.

Num profundo estudo sobre a transformação do mito, Dora e Erwin Panofsky levantam todas as referências literárias e iconográficas sobre ele. Entre os romanos nunca foi muito citado e acabou desaparecendo na Idade Média, e só ressurgiu na Renascença, na França;


Fontes

Wikipédia 1

Wikipédia 2


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