Rosewood foi estabelecida em 1845, quatorze quilômetros a
leste de Cedar Key, nas proximidades do Golfo do México. A indústria local era baseada na madeira: o nome
Rosewood é uma referência a cor avermelhada da corte do cedro-de-lápis. Além de
diversas produtoras de terebintina e uma serraria a cerca de cinco quilômetros de
distância em Sumner ajudavam na
subsistência dos moradores locais, assim como o cultivo de cítricos de
algodão. A aldeia cresceu o suficiente para permitir a construção de um correio
e um depósito de trem em 1870, mas não chegou a ser incorporada como cidade.
O Massacre de Rosewood foi um violento conflito motivado por
questão racial que ocorreu durante a primeira semana de janeiro de 1923 no
Condado de Levy – Flórida - Eua. Ao
menos seis negros e dois brancos foram mortos, embora os sobreviventes tenha
afirmado que os números foram maiores, e
a cidade de Rosewood foi quase totalmente destruída.
As perturbações ligadas á
raça era comuns nos Estados Unidos no inicio do século XX, refletindo as
mudanças sociais que ocorriam rapidamente no pa´ss. Flórida tinha um número
especialmente grande de linchamentos desde anos antes do massacre, incluindo um
conflito racial bastante divulgado no qual um homem negro foi queimado em
dezembro de 1922.
Rosewood era uma cidade pacata, de maioria negra.
Estimulados por acusações não comprovadas de que uma mulher branca teria sido
espancada e estrangulada por um negro, então homens brancos de cidades próximas
lincharam um negro de Rosewood. Quando os moradores negros se defenderam de
ataques posteriores, centenas de homens brancos passaram a persegui-los e
queimaram quase toda a cidade.
Os sobreviventes se esconderam por dias em
pântanos da proximidade e foram evacuados por trem e carro para outras cidades.
Embora autoridades locais e estatais estivessem cientes da violência, ninguém foi
preso pelas atividades em Rosewood. Os moradores negros abandonaram a cidade e
jamais retornaram.
Embora o acontecimento tenha sido largamente reportado pelo
país, há poucos registros documentados oficiais. Os sobreviventes, seus
descendentes e outros autores permaneceram silenciosos sobre o massacre por
décadas. Sessenta anos depois, a história de Rosewood foi revivida na mídia quando
jornalistas a cobriram no início dos anos 80.
Em 1993, a Assembleia Legislativa
da Flórida autorizou uma investigação sobre os eventos. Como resultado, a
Flórida tornou-se o primeiro estado americano a compensar sobreviventes e seus
descendentes por danos causados por violência racial.
O massacre foi tema de um
filme de 1997, dirigido por John Singleton. Em 2004, o estado considerou o
local de Rosewood, hoje uma cidade fantasma, como Florida Heritage Landmark, uma designação dada pelo estado para
eventos ou locais importantes de sua história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário